“MEU PROFESSOR É UM DROGADO!”
Existe sêr humano que é mais
professor do que ele mesmo imagina. Com os meus mais de 63 anos de idade nunca
imaginei receber uma lição de vida de um garoto (Lwan) de 11 anos de idade e o
qual eu passo escrever tudo o que esse ainda menino (nome foi trocado por Lwan)
e no qual resolvi esconder a sua verdadeira identidade e nome para não dar
maiores pistas e resguardar os seus direitos de ir e vir. Se bem que, menores
de idade aqui no Brasil tem direitos que em nenhuma parte do mundo eles tem, ou
seja, á transgressão penal! Infração essas que mais horrendas que sejam e que,
cometidas por menores de idades, onde no Brasil eles tem milhões de direitos e
regalias. O fato e a história contada pelo garoto Lwan se deu inicio na data de
30 de junho de 2010 exatamente ás 13:20 horas da tarde após á minha pessoa ter
deixado um de meus filhos (escondo a identidade dele) na escola estadual em que
ele estuda. Como venho fazendo há muitos anos eu fui levar meu filho na escola
estadual de meu município em São Vicente no estado de São Paulo. Eram 12:45
horas quando na porta da escola cheguei, meu filho fui até uma pequena doceria
comprou alguma mercadoria veio até mim deu-me beijo no rosto e entrou para á
escola ás 12:50 horas. Por acuidade e preocupação eu fico na porta das escolas
em que meus filhos estudam até que se fechem os portões da escola! Isso e para
simples garantia de que tudo ocorreu bem durante á sua entrada dele para as
aulas.Não é só isso! Enquanto eu fico aguardando a entrada de meus filhos para
as aulas, eu fico observando também todos os movimentos das pessoas e dos
alunos nas escolas em que meus filhos estudam! Após isso como um desvairado
fico rondando toda a comunidade dos bairros circunvizinho, ora fazendo Cooper,
e ora aproveitando para conhecer todas as comunidades circunvizinhas de onde eu
resido.Nessas comunidades se vê de tudo, de tudo mesmo...! E sempre sobre
vistas grossas das nossas autoridades que são frágeis e demonstram tão
incompetentes quão ineficazes. E o pior de tudo é que, atualmente, elas são
mais ligadas no intuito político da manutenção de seus preciosos e rendosos
cargos de confianças, e que, os tornam até certo ponto acovardados e
impotentes!Voltando á história, depois que meu filho entrou na escola eu fiquei
olhando para os lados e observando ás boas vontades dos alunos para entrar para
estudar! Uns já são meus velhos conhecidos de outras praças, e que são ligados
ás bocas de fumos e as drogas! Outros não, são alunos conscientes e querem
estudar, mas as escolas estão podres e contaminadas pelas maus serventias governamentais e ficam
esmorecendo por culpa dos estados dos municípios e principalmente pelo governo
federal, que está uma baba do boi! Como não poderia ser contrário aos meus
seguimentos disso eu me aproveito para gravar ás suas fisionomias em minha
mente! Eu sou ótimo fisionomista. Para todos os lados que eu olhava, vendo se
tudo estava normal, (sempre não estava). Quando eu olhei para um certo portão
da escola, eu percebi que um garoto bem trajado, bermuda camuflada com folhas em
cores verde oliva, camiseta da seleção brasileira, calçava tênis bem conservado
todo colorido, ficava como que desnorteado como que procurando por algo. Parece
até obra do capeta! Raramente depois de deixar meus filhos nas portas das
escolas, de imediato eu me sento nas praças que existem pela comunidade e fico
olhando o tempo passar.Há não ser quando alguma ameaça meus filhos sofram eu
tomo imediata providencia escrevendo as autoridades responsáveis! Dessa vez eu
vi o garoto, fiquei curioso pelo modo dele se comportar fui sentar-me numa
praça que fica defronte á uma escola. Estava eu sentado num de seus bancos e
olhava distraidamente á minha direta, quando á minha esquerda eu ouvi me
perguntar educadamente,___ “Tio! Por favor! Que horas são? Virando eu respondi,
___ “São 13:20 horas”, (qual não foi á minha surpresa em ver que a pessoa que
me perguntara o horário era o mesmo menino bem vestido que estava me fitando na
porta da escola que meu filho estuda). Não foi só isso! O garoto após ouvir á
minha resposta me disse, ___ “Tio, posso sentar aí!”. Eu estranhei o garoto
pedir licença para sentar-se no mesmo banco da praça ao meu lado, pois, nos
dias de hoje se necessário os jovens sentam ou fazem aquilo que bem entendem
sem nada pedir, porque eles é que estão no comando de tudo e nós os de idades
mais avançadas estamos sujeitos á aceitar e á ficar sobre ás suas tutelas, já
que as nossas autoridades legais são frágeis! Meio desconfiado com o garoto eu
lhe respondi, ___ “O banco é publico ele está aí é para se sentar!”. O Menino
se sentou e começou á puxar conversa comigo. ___ “Aquele menino que o senhor
trouxe é o seu neto?”.___ “Não! Ele é meu filho! Será que eu pareço ser tão
velho assim?” perguntei ao menino. Ele sorriu e me respondeu,
___ “Não é isso não! Acontece que
eu sempre vejo o senhor passar por mim abraçado com aquele garoto, quando estou
perto do “CUCA” (é um supermercado local). E quando chega na escola o senhor
sempre o beija no rosto ou na cabeça, por isso pensei que ele é seu neto, o meu
avó faz á mesma coisa comigo!”. ___ “Isso é muito bacana! Seu avô também te
trás para á escola?” ___ “Que nada! Ele só me beija quando eu vou á casa dele
ou ele vem á minha casa”.___ “Teu pai ou tua mãe te leva para á escola?”. ___
“Não! Eu vou sozinho, eu sou muito homem para andar pelas ruas”. ___ "E
precisa ser homem para andar pelas ruas?"___ “Eu não quis dizer que
precisa ser homem para andar pelas ruas. Disse que se não souber a pessoa se
perde!" ___"E, eu quis dizer se teus pais te levam para á escola para
ver se tudo anda bem por lá, e se você não cabula as aulas!”___ "Eles nem
se preocupam comigo, eu mando no que faço!" ___"É pelo que você me
conta és muito homem, mais e as aulas e a escola?". ___ “Para quê? Nas
escolas só estuda quem quiser! Se eu quiser ir para escola eu vou, se não
querer eu não vou!” ___ “E você acha isso legal? Perguntei ao menino”.___
“Legal, não! Mais é o que me resta fazer!Eu abri um leve sorriso pela resposta
que me foi dada pelo garoto bem aparentado, ele começou á me chamar a atenção
pelas respostas me dadas e pelas conversas com palavras bem colocadas...___
“Pelo visto você estuda na parte da manhã em escola paga não é?” ___ “Não!
Estudo á tarde em escola municipal (e disse o nome da escola, que omito o nome
para preservar á escola)”. ___ “Você não teve aula hoje?” ___ “Tive mais não
quis ir”.___ “Isso é errado fazer! Seus pais sabem que você faltou á escola
hoje?”. ___ “Não sabem e nem vão saber!Eles não ligam para os meus atos!”.
___ “Você ainda tem pai e mãe, ou
são padrastos?” ___ “Tenho uma família completa, tenho de pai e mãe á avós. Mas
isso não quer dizer nada!”.___"Como não quer dizer nada?" São seus
responsáveis!". ___"Eu não acho!", me disse o garoto. Olhei para
ele firmemente, como se quisesse dizer, (Está tirando uma comigo?). Ele também
olhou para mim e sorriu.Quanto mais eu conversava com o garoto mais interessado
eu ficava em saber de onde surgira aquela criatura ou ele fora cobra mandada
para cima de mim (por traficantes)pois, eu vivo correndo carreira na comunidade
onde moro... ___ “Você deve ter uns treze anos, não é?”. ___ “Digamos que eu
tenha entre onze e doze anos”, vi em sua resposta que ele tentou esconder sua
idade. Antes que eu pudesse fazer outras perguntas Lwan me fez um pedido,___
“Tio me arranja dois reais”. ___ “Filho não me leve á mal e nem estou querendo
te negar o dinheiro, mais eu não tenho nenhum tostão no meu bolso!”. ___ “O
senhor tem e não está querendo me dar, melhor seria dizer, que não quer me dar,
isso fica mais bonito para o senhor!” ___ “Você é folgado não é garoto? Eu não
sou obrigado estar discutindo contigo se quero ou não dar dinheiro á estranhos!
Eu não carrego dinheiro comigo, não sou obrigado á dar nada á ninguém, e nem
quero pensar em perguntar para quê você quer esse dinheiro!”
Com á resposta que eu dei,
percebi ter mexido com os brios do garoto, que ainda mantendo á classe da
conversa que estava tendo comigo, me disse,___ “Tio eu deixei o senhor
nervoso?” ___ “Não! E nem quero ficar”. ___ “Me desculpe tio, eu só lhe pedi o
dinheiro porque vi que o senhor me parece ser muita distinta, e porque eu vi
que o senhor deu dinheiro ao seu filho para comprar lanche naquele boteco!” ___
“Meu filho não entra em botecos e aquilo não é um boteco e uma doceria. Eu dei
ao meu filho o único dinheiro que eu trouxe de casa para ele comprar algo, e
tenho por costumes não carregar dinheiro, á não ser que eu saia de casa com
aquele fim”. ___ “Se o senhor diz não ter dinheiro estão explicados os seus
motivos!”. Eu fiquei meio atordoado com a resposta dada aquele menino e mais
ainda, fiquei sem saber para que ele quisesse o dinheiro e tive á insensatez de
lhe perguntar, ___ “Posso lhe perguntar uma coisa?” ___ “Quantas coisas o
senhor querer!” ___ “Você queria o dinheiro para quê?” ___ “Queria não! Ainda quero!
È para comprar uma perola (pequena pedra de crack), ou uma diamba, (poção de
maconha ou haxixe) para matar á minha vontade. Não acredito que essas coisas
acontecem comigo, não sabendo ser gozação daquele bem trajado menino ou uma
sátira dele comigo, quase que gargalhando eu lhe perguntei,
___”Com dois reais você vai
comprar essas drogas? Você tá com gozação comigo?” ___ “É só para matar á
vontade, tem preços de dois, três, cinco, dez, quinze e de vinte reais para
cima”. ___ “Como você sabe desses preços?”
___ “É o que no bairro se
acostuma pagar!”. Não pode ser! Para mim
é um sonho impensado, ou o menino é um contador de histórias nato (Estélio), ou
um farsante de nascença. Tem fatos inacreditáveis que não querendo temos que
crer que existem, os chamados infortunados da sorte ou dos destinos, Lwan me
parecia ser um desses... ___ “Eu acredito que você é de boa família, ao menos é
o que me parece, estás bem vestido, tens boa aparência, se o que me contaste é
verdade, seu pai ou sua mãe sabe o que você faz quando está fora de casa?” ___
“Não! E nunca vão saber!” ___ “O que lhe dá tanta certeza disso!”. ___ “Meu pai
é vigilante, tem dois empregos e só aparece em casa por poucas horas do dia!
Minha Mãe trabalha com meu único avô em um bingo Clandestino da Praia Grande,
em casa eu sou único filho!” ___ “Vou te perguntar novamente se é verdade que
você usa droga, aonde você aprendeu á usar na escola?” ___ “Não em casa mesmo!”
___ “Seus pais são usuários de drogas?” ___ “Pior que não, eles são
evangélicos!” ___ “Como você aprendeu em casa se seus pais não usam drogas?”
___ “Um de meus tios, o mais novo deles, eu tenho dois tios e uma tia, ele
quebrou uma pedra de crack sobre a pia de casa, só estávamos nos dois, ela caiu
dentro da pia como uma perola da pedra quebrada, eu vi como foi que meu tio
usou a droga, quando ele foi embora do mesmo jeito eu fiz com a droga. Depois,
eu passei a ter vontade de cada vez mais usar á droga, eu pedia dinheiro aos
meus pais para comprar lanche na escola e na escola eu comprava á droga. Daí
para frente cada vez mais eu as consumo e para o meu sustento peço ás pessoas
que me ajudem!” ___ “Fazendo isso você não está pedindo ajuda ás pessoas, você
está pedindo á sua ruína! Você devia tentar abandonar esse vicio, devia estudar
e pensar em seu futuro, pensar em constituir família, ser alguém na vida”. ___
“Esse seu tio sabe que você usa drogas?” ___ “Ele nunca me viu usar droga,
porque ele está preso por furtar uma bicicleta numa loja de São Vicente para
vender e comprar crack e está pagando mico no CDP (Centro de Detenção
Provisória), até hoje. E se ele souber disso, que eu uso droga, ele me mata”.
Existem coisas na vida que não deve ser insistido, dentre essas coisas é o
apelo as autoridades brasileiras para que cedam ás suas ajudas as crianças.
aliás, elas não estão se lixando para os menos assistidos, Lwan é exemplo
disso, perguntado por mim o que ele aprendeu na escola, veja o que ele me
disse, ___ “Na escola que eu estudo só aprendi duas coisa muitos importantes,
antes do inicio das aulas logo na entrada, aprendi cantar o Hino nacional e o
hino de minha cidade (São Vicente)”. ___ “É só isso que você aprendeu de útil
na escola?” Perguntei isso ao garoto. ___ “Poucas outras coisas, o mais
importante que aprendi foi esses dois hinos, o resto dá para o gasto!”. O que
mais eu poderia dizer ou perguntar á um garoto que sequer se sabe ser um
contador de dramas? Por ultimo eu fiz á ele uma proposta mais que legal, ___
“Se você me cantar o hino do município e o hino de São Vicente eu lhe dou um presente”
___ “Qual é o presente?” me
perguntou o garoto. ___ “Primeiro me cante os hinos depois eu lhe dou o
presente, e te garanto que custa mais do que dois reais!” ___ “O tio está
querendo me aplicar o 171?” ___ “Não sou pessoa de enganar aos outros, me cante
os hinos e levas o premio”. O menino me cantou os dois hinos, o hino nacional
ele cantou na integra, esse eu sei décor o hino do município de São Vicente, só
sei algumas estrofes, mais ele cantou todo o hino se errado ou não só ele mesmo
para saber. Acabado os hinos veio a cobrança do garoto, __ “Cadê o meu
presente?” ___ “Eu lhe prometi e vou pagar, você fique aqui mesmo, eu vou até
minha casa, vou apanhar dinheiro, vou passar no “Cuca” (supermercado), vou te
comprar um pote de cascão (sorvete) e venho te trazer, você me aguarda?”. ___
“O senhor não me prefere dar o dinheiro?” ___ “Não! Eu não quero te alimentar
nas drogas”.
___ “Então não precisa fazer esse
esforço tio, se o senhor trouxer o pote de sorvete, fique certo que eu não vou
usar e vou trocá-lo por um a perola (pequena pedra de crack), por isso não vou
lhe enganar”. E para á minha surpresa, o garoto depois de me segurar num papo
de mais de uma hora, resolve se retirar, demonstrando não ficar magoado comigo,
assim ele se despediu,___ “Tio Não esquenta a moringa, sem ressentimentos, e
sei me virar sozinho!”, assim ele partiu. Na data de Hoje, 01 de julho de 2010,
logo pela manhã depois de eu ter deixado meu filho (outro filho) numa escola
municipal e me cruzei com o menino Lwan, numa praça chamada pela comunidade da
praça das drogas, completamente drogado, esse garoto ao me ver passar gritou,
___ “ Diz aí tio! Tudo pela ordem?”. Eu fiz um gesto que sim com o dedo polegar
e sequer parei para conversar com o menino que estava á três metros de distancia
de mim!É revoltante! O garoto disse que o mais útil que ele aprendeu foi dois
hinos, eu faço aqui uma pergunta ás autoridades, existe professor melhor do que
aquele que sabe cantar hinos quer seja, da união, do estado, do município ou
outros hinos? Por falar em hinos, eles só são cantados obrigatoriamente, em
festividades nacionais ou datas comemorativas, ou nas igrejas, já que só os
ouvimos, em campeonatos esportivos ou em paradas militares, em algumas escolas
só cantam os hinos sem ás suas obrigatoriedades de cantar, depois querem cobrar
dos alunos sua necessidade de sabê-lo para quê? Se só cantamos quando em
paradas militares, já que as escolas não funcionam em feriados alguns porque
não se seguir o exemplo da escola municipal que ao menos ensinou o meu
professor “DROGADO PROFESSOR LWAN” a aprender algo de bom e dar prova que isso
ele soube aprender e cantar afora as drogas psicotrópicas que ele usa. OS
NOSSOS PATRIOTISMOS SÓ EXISTEM QUANDO DE CELEBRAÇÕES, INAUGURAÇÕES, JOGOS
ESPORTIVOS E OUTROS EVENTOS, MENOS DENTRO DAS ESCOLAS PORQUE? DEPOIS, NÃO SE
PODE COBRAR DE NENHUM ESTUDANTE OU DO POVO BRASILEIRO SABER CANTAR SEUS HINOS,
JÁ QUE ELES SÓ EXISTEM NA FORMA POLITICA E NÃO NA FORMA DIDÁTICA! Obs: Acreditem se quiser no que aqui narrei,
outros motivos não me levaria a perder tempos em escrever á tão importantes
autoridades!
JOÃO CARLOS GONÇALVES
(Pai de aluno)
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